Medicina
Câncer de próstata e o papel emergente da cannabis medicinal no tratamento oncológico
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Mês mundial de combate ao câncer de próstata tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce
O mês de novembro chegou e traz consigo uma chamada a conscientização sobre um tema de grande importância para a saúde dos homens: o câncer de próstata.
Novembro Azul: um alerta à saúde masculina
O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) estima que essa patologia representa aproximadamente 1,4 milhão de casos em 2023 no mundo todo.
Quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura são muito maiores. Por isso, o Novembro Azul foi criado para alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que afeta principalmente os homens a partir dos 50 anos. É crucial ressaltar que, em casos com histórico familiar, a vigilância deve começar ainda mais cedo.
O exame de toque retal e o PSA (antígeno prostático específico) são as principais ferramentas de detecção do câncer de próstata. Esses exames são fundamentais para diagnosticar a doença em seus estágios iniciais, quando as chances de cura são mais altas. Portanto, quebrar tabus e incentivar os homens a cuidar de sua saúde é a mensagem central do Novembro Azul.
Cannabis Medicinal: uma aliada na luta contra o câncer
Paralelamente à conscientização sobre o câncer de próstata, a discussão em torno da cannabis medicinal também ganha espaço.
Mariana Maciel, médica brasileira fundadora da Thronus Medical, biofarmacêutica canadense pioneira em nano THC e nano CBD, conta um pouco mais sobre o fármaco. “A cannabis tem compostos químicos conhecidos como canabinoides, que mostraram ter
propriedades terapêuticas em diversos estudos científicos, e está se tornando uma opção de tratamento para pacientes com câncer, incluindo o de próstata.”
Alguns estudos preliminares sugerem que os canabinoides podem ajudar a aliviar sintomas associados à doença e minimizar os efeitos colaterais de quimioterápicos, auxiliando na dor crônica, náusea e perda de apetite.
“O CBD demonstrou sua capacidade de interferir em várias fases do processo tumoral, inibindo a migração e aderência de células cancerígenas, além de exercer efeitos anti-proliferativos, pró-apoptóticos e anti-invasivos. Estudos apontam para o potencial quimiopreventivo do CBD em diversos tipos de câncer, como o de próstata, mas também o de mama, pulmão, cólon, próstata, pele e cérebro”, continua a médica.
A maioria dos ensaios que examinam o potencial terapêutico da modulação do sistema endocanabinóide ainda está em fase pré-clínica e novos estudos estão surgindo à medida que a comunidade oncológica desenvolve maior interesse na investigação canabinoide.
A ação do CBD, no entanto, não se limita ao câncer, abrangendo alívio de sintomas como ansiedade, depressão, distúrbios de sono e apetite, melhorando a qualidade de vida dos pacientes em tratamento oncológico.
“O Novembro Azul não é apenas um alerta sobre o câncer de próstata, mas também uma oportunidade para discutir abertamente as opções de tratamento disponíveis. A cannabis medicinal é uma dessas opções, que deve ser considerada com cuidado e sob supervisão
médica, para que os pacientes possam tomar decisões informadas sobre seu tratamento”, finaliza Mariana.